sábado, 25 de julho de 2009

Reflexão 1

Imagine a seguinte situação: de manha você vê um pássaro azul na janela do quarto e a tarde comenta o fato com um amigo. Um mês depois, você e seu amigo relembram esse episódio. Ele afirma que você tinha dito que o pássaro era verde e você diz que era azul. Nesse caso não há uma gravação da conversa para provar quem está certo e nem se hoje aparecesse um pássaro azul na janela resolveria a questão. Portanto, a discussão nesse caso é inútil, pois cada indivíduo está se guiando pelos seus sentidos e os dois se julgam igualmente capazes. Ora, se nos guiamos pelos nossos sentidos, como pode uma pessoa querer que aceitemos a sua opinião em detrimento da nossa? Não está sendo ela levada pelos seus sentidos assim como nós? Ou seja, não é apenas a questão da imposição de uma opinião, mas da própria anulação dos nossos sentidos em favor de outro. Dessa forma, como podemos impor ou sermos persuadidos a aceitar a sentença alheia num caso como esse?

Um comentário:

  1. Sugiro ler Arthur Schopenhauer, "Como ganhar uma discussão sem ter razão" (o título é mais ou menos esse..).
    Lá vc encontra a resposta!

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